terça-feira, 22 de junho de 2010

Quando pesa o fardo


Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos são os sábios de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração
Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
O Vencedor - Los Hermanos (Composição: Marcelo Camelo)

Quando pesa o fardo...
As pessoas começam a caminhar sem rumo, sem direção, sem gosto pela vida, como autóctones.
“Olha lá, quem vem do lado oposto... vem sem gosto de viver”

Então colocamos fardos sobre nós, acreditamos que nossa vã maneira de viver nos faz mais santos, mais nobres, mais espirituais, não é um texto contrario ao estudo ou à Teologia, é um texto à favor do conhecimento simples, da humildade, da verdade, de ter mais Jesus e menos religiosidade, menos aparência, menos orgulho, menos hipocrisia, menos de si, menos daquelas máscaras que usamos pra aparentar força e espiritualidade. Sejamos originais, como fomos feitos pelo Criador para criar. Sejamos nós. Sejamos como Jesus!
[Adquirir conhecimento não é sofrer, só se sofre e só existe dor quando não sabemos lidar com esse conhecimento e nos tornamos moralistas, precisamos aprender a espalhar este mesmo conhecimento e mudar a realidade em redor “mto conhecimento mto enfado e correr atrás do vento”]
Perdemos a pureza. Perdemos a graça de sermos crianças... queremos ser grandes, ser fortes, ser poderosos...
“Olha lá, que os bravos são escravos, são os sábios do sofrer; Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida; Olha lá , quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar”

A verdadeira graça está em se abandonar na verdade. Em se entregar pela Cruz e encontrar a verdadeira Vida. “Quem perde a sua vida acha-la-á”. Pois esta é a ‘pérola de grande valor’.
“Eu que já não quero ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor”

Somos acostumados com máscaras. Não gostamos de confessar pecados, não entendemos a riqueza que existe em abandonarmos os pecados. Em abandonarmos as nossas máscaras e nos aceitarmos como Deus nos criou. Aceitarmos que pecamos. Aceitarmos que o outro também peca. Sem culpa, sem fardo. SOMOS ASSIM. Não precisamos considerar o contrário. NATURALMENTE. Nos escondemos na defensiva, mentimos, ocultamos o nosso caráter. Temos medo do que somos.
Usamos máscaras na vã expectativa de alançarmos paz, segurança, e alegria. FALSAS, é preciso considerar.
“Olha você diz que não vive a esconder o coração. Não faz isso amigo, já se sabe que você só procura abrigo, mas não deixa ninguém ver, por quê será?”
“Eu que já não sou assim muito de ganhar, junto às mãos ao meu redor, faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz”
“Confessai as vossas culpas uns aos outros para que sejam curados.”
“Limpai as mãos pecadores, e vós, que sois de ânimo dobre, rasgai o coração. Afligí-vos, lamentai e chorai, converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza”

O lugar de encontro com Deus é no verdadeiro fardo que precisamos considerar carregar: A nossa identidade à partir da perspetiva de Deus, à partir da Cruz.
“vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei”

Amanda Perbeline dos Santos
Maringá, PR
22/06/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário