sábado, 7 de agosto de 2010

Goethe, nosso amigo Werther e Eu....



Bom esse dias me dei ao projeto de fazer às vezes de Sherlock Holmes: resolvi ler os Sofrimentos do Jovem Werther de Goethe, pura e simplesmente pela curiosidade - de descobrir porque o livro lançado na Alemanha, no período do romantismo, - teria causado uma onda onde de suicídio entre seus leitores a ponto de fazer-se necessário nas edições posteriores acrescentar-se a nota “Seja homem e não me siga”.
Não pretendo aqui fazer uma analise literária, histórica ou mesmo crítica da obra, guardo essa tarefa para homens mais sábios e preparados que eu.No entanto sinto-me no meu direito de pessoa, livre para expressar suas idéias, depositar aqui meus devaneios.
Alguém ai já se suicidou por não poder ficar com a pessoa amada? (Não né, afinal se ta ai lendo esse post...hehe). Bom afinal até que ponto o amor justifica nossas ações? Será que o amor justifica o suicídio do nosso jovem amigo Werther e de tantos outros pelo mundo através dos séculos? (Quem nunca ouviu que o amigo do fulano pulou da janela por que terminou o namoro?..bom isso acontece no meu mundo), ta, eu posso estar exagerando, tirar sua vida sob a justificativa de não ter a pessoa amada é muito irreal e muito pesado. Tudo bem, então sejamos mais realistas: quem nunca viu uma noticia no jornal assim: ex marido seqüestra mulher porque não se conformava com a separação; ou ex namorado da 6 tiros na cabeça da namorada porque não aceitava o fim do namoro (gente isso ta dando maior bafafá com a Lei Maria da Penha...mas esse papo ta meio psicótico né?!!) Então mudando.... quem nunca ficou dias chorando a perda da pessoa amada , entrou um milhão de vezes no orkut pra ver se ele tava com outra pessoa, ou que surtou quando o namoro ou o casamento acabou?
Pois é as pessoas dizem que todas essas ações, boas ou não, são justificadas por um sentimento sublime, mas ao mesmo tempo corrosivo chamado AMOR. Será mesmo que tudo isso é amor? Eu não sou nenhuma expert no assunto, então resolvi recorrer ao manual do Grande Criador: a Bíblia. (Vamo lá povo, antes que façamos nossa próxima loucura de amor, analisar essa coisa que em todo caso parece ser uma droga que causa alucinações e nos faz ver o mundo mais colorido...)
Diz, em 1 CO !3:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Olha só, nao sou Teóloga tambem, então, prendam-se aos devaneios. O amor é sofredor, nesse ponto todos concordamos, afinal, quem nunca sofreu por amor? Que diga o nosso amigo Werther ao olhar sua bela Lotte com Albert seu noivo; O amor é benigno,acho que ser benigno é não desconfiar, é não pensar mal, por exemplo, se dizem a você que seu parceiro o está traindo, a atitude benigna é ja nao sair brigando e procurando evidencias mas sentar-se e conversar com a pessoa sem desconfiar preciptadamente. Creio que benignidade é tratar com amor( o que exclui matar por amor), mesmo que tratar com benignidade seja aceitar ver essa pessoa feliz com outra; Diz, também, que o amor não é invejoso, acho que isso talvez inclua seu aborreciemento ao ver a outra pessoa se dar melhor profissionalmente que você, ou ve-la realizar seus sonhos enquanto os seus não saem do papel; O amor nao trata com leviandade, isso é quem ama trata com respeito, se preocupa; O amor não se ensoberbece, acho que uma das grandes causas de pessoas matarem outras sob a justificativa de amor é porque são soberbas e incapazes de suportar seu ego ferido;os versiculos continuam a detalhar as carcteristicas do amor e, por fim, diz que o amor tudo cre, tudo espera, tudo suporta...isso me faz pensar que o verdadeiro amor supera a traiçao, supera traumas, supera diferenças, é capaz de esperar o tempo passar, é capaz de sempre crer que haverá um amanhã, e porque não dizer que é capaz de suportar a idéia de que não haverá amanhã e que por amor é necessario continuar a tocar a propria vida sendo feliz e desejando que aquela pessoa seja tao feliz quanto você desejaria faze-lá feliz.
Bom, respondendo aos meus questionamentos iniciais, suponho que a época e os argumentos de Goethe tenham provocado os suicidios, quanto ao amor creio naquilo que a biblia diz, o que passa disso eu chamo de doença, talvez um problema não com outro mas consigo mesmo: a incapacidade de se aceitar e por isso depender de outros pra se sentir bem e amado...mas isso são só idéias.

No amor daquele que nos deu uma nova e única identidade:AMADOS.

Nathália Mendonça
Goiânia-Go 07.08.10

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mudanças


Saímos de casa uma vez e quando voltamos os móveis estão no mesmo lugar, o cheiro continua o mesmo, as pessoas as mesmas (ou não... hehe), ainda assim algo mudou, não conseguimos mais nos sentir em casa e ai percebemos que, o que ou quem mudou, fomos nós.
Quando partimos, seja para estudar, realizar um sonho ou trabalhar, sentimo-nos emocionalmente confusos, há o pesar de estar deixando seu lar e as pessoas que ama sem saber o que o amanhã trará, por outro lado, há a expectativa do que nos aguarda e a alegria pelas novas oportunidades.
Então, quando chegamos ao nosso novo destino, o obvio acontece: conhecemos novas pessoas; somos influenciados por novos mestres; como se fossemos casas destruímos paredes dentro de nos, jogamos móveis fora, mudamos outros de lugar, construímos novas coisas; adquirimos irmãos que jamais havíamos conhecido; descobrimos nossos defeitos; tornamos-nos detestáveis a alguns; descobrimos que podemos vencer nossos limites; mudamos algumas convicções; alguns de nós conhecemos o amor e o poder de um ‘’eu te amo’’; marcamos pessoas e somos profundamente marcados por elas. Mas a transformação passa imperceptível aos nossos olhos.
Para alguns a experiência de sair de casa é temporária, e ao fim dela retornamos para aquele lugar que um dia chamamos de lar. Nesse ponto descobrimos algo que até então ninguém tinha nos avisado, não deveríamos ter nos despedido apenas do quarto, das pessoas ou do cachorro; deveríamos ter-nos despedido de nos mesmos porque jamais nos reencontraríamos.
É fato que todos mudamos, estando perto ou longe de casa, e é verdade que com o tempo voltaremos a chamar o lugar onde estamos de casa, mas para aqueles que retornam de um lugar distante, que viveram e aprenderam coisas diferentes daquelas pessoas que ficaram, é desafiador impor aos outros a presença de uma pessoa que não conhecem mais: você.
O que o grande Criador tem a ver com isso?Tudo. Ele esteve presente em cada um desses acontecimentos, esteve presente enquanto escrevia essas linhas e está presente ai enquanto as lê. E daí?É que os céus não precisaram se abrir e você não precisou de uma experiência sobrenatural para tê-lo por perto. Talvez devêssemos aprender a viver a nossa espiritualidade de modo mais simples, Jesus transfigurar-se no alto de um monte ocorreu apenas uma vez, mas sentar para comer e contar parábolas era seu cotidiano. Ele não deixou de ser Deus por isso e nós tão pouco seremos menos espirituais se o enxergarmos no dia-a-dia.


Nathália Mendonça
Goiânia-GO 25.07.10

domingo, 4 de julho de 2010

Uma pausa para a Copa


Futebol é um esporte idiota, 22 pessoas correndo atrás de uma bola, cada time tentando enfiá-la num buraco enorme e, ainda assim, o número de pontos marcados é pequeno. Mas qual esporte não é?Todos dizem respeito a lazer, diversão e benefícios à saúde devido ao exercício físico; mas no caso do futebol profissional é mais do que isso, a brincadeira rende milhões aos envolvidos.
Mas que sem noção!Em plena época de copa alguém resolve falar mal de futebol. Affe! Calma, calma! Não quero apanhar de nenhum torcedor fanático; até porque sou brasileira e, mesmo que nem todo brasileiro goste de futebol, todos crescemos ouvindo coisas como: “Todo brasileiro gosta de futebol’’; “Futebol é a paixão de todo brasileiro”“. Bom, com tanta influência, nem que seja na copa eu decido torcer, e ai nasce dentro de mim um puro, mas passageiro, sentimento de patriotismo (que só fica abalado ao som de milhares de vuvuzelas... kkk).
Apesar de tudo, não foi dessa vez que fui feliz como torcedora, talvez devesse voltar a criticar.
Mas se chorar com os nossos irmãos é fácil, difícil mesmo é chorar quando os argentinos choram (deixo claro que não tenho nada contra nossos hermanos, pelo contrário; mas quando se trata de futebol isso muda... hehe).
Quem diria,o futebol questionando as bases do meu cristianismo. Confesso adoreeei à lavada que a seleção argentina levou da alemã e no fim de tudo me perguntei: “E aquela história de amor ao próximo, de chorar com os que choram? Só porque os argentinos curtiram com a nossa derrota pra Holanda, não quer dizer que preciso pular e gritar de alegria aos vê-los chorar”.
A verdade é que isso tudo é só uma rixa esportiva, que certamente vai perdurar por muito tempo ainda, mas se o nosso cristianismo é testado nas pequenas coisas, como costumam dizer: “É nas pequenas pedras que tropeçamos”, Talvez devêssemos aproveitar para parar e analisar nossas motivações.
Ta eu sei viajei na maionese, né?!Mas quem disse que futebol não serve pra nada? Futebol também é cristianismo, afinal se Deus usou uma mula pra falar com Balaão, porque não usaria o futebol pra falar comigo?!
Até a próxima copa.

Nathália Mendonça
Goiânia- Go 03.07.10

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Hoje resolvemos escrever à tres


Hoje resolvemos escrever à três, idéia da Nathy, um desafio (desgafio) grande, enorme, mas o Grande Criador foi a inspiração de tudo isso e queremos partilhar o fruto da unidade que surgiu entre nós. Bem, e eu (Amanda) fiquei responsável por editar tudo isso, com a responsabilidade das meninas (Anaí e Nathália) em revisar tudo depois. Trabalho bom, que dá trabalho! E hoje, resolvemos partilhar algo que é muito forte em nós: A Amizade.

(Amanda) Bem, é mto bom poder falar de amizade, apesar dos quilometros que hoje me separam dos meus amigos mais queridos! (Nathy) Eu já não concordo, não acho que o mais apropriado seja escrever sobre amizade, mas sim, estar perto daqueles que você ama podendo compartilhar as futilidades do dia-a-dia. Mas quando isso não é possível... Sou obrigada a concordar inteiramente com a Panda... (risos – e nesse entremeio, a Anaí distraiu-se e comentou que nem lia o que estávamos escrevendo e bem, a frase subseqüente que a Nathy disse foi “vou te matar naí!”, Lógico que tudo em tom de brincadeira!! – risos – e, em seguida, a Anaí escreveu)
Calma gente.. o fato é q ter amigos, perto ou longe da gente, é bom demais. É bom saber que tem alguém em algum lugar do mundo que está a fim de me agüentar, por exemplo! Alguem que possa cantar: I'll be there for youuuuu" (igual na abertura de FRIENDS! kkk!)
(Amanda) E cantar mesmo sabendo que as vozes podem não casar, os tons podem desnivelar, o que vale é sair cantando a mesma coisa que o outro, não importando a hora... O que sai é um som inequívoco de alguém que está ao seu lado, dando um tipo de “porto seguro” quando você não sabe bem o que é isso e te mostrando que amor de Deus tbm é estar “com” e “por” alguém.
(Nathy) É isso ai, se cristianismo é relacionamento e Deus se revela, também, a partir deles; podemos dizer que amizades, à distância ou não, são formas de experimentar diariamente e conhecer um pouquinho mais a respeito de Deus, como Ele é e age. Poderíamos citar por exemplo o fato de amigos verdadeiros serem aqueles que sempre nos dizem a verdade (mesmo quando não gostando disso) porque nos ama, ou mesmo gastam seu tempo conosco quando estamos doentes : Deus é assim.
(Anaí) Quando assumimos o desgafio de manter uma amizade (Sim, por vezes ser amigo é desgafiador, o problema é que no começo da amizade não percebemos isso. Acho que Deus fez assim de propósito...) acabamos descobrindo que para sermos amigos temos de ser parecidos com Deus. Pois Ele é amigo. "não vos chamo servos, mas de amigos"
(Amanda) Ser parecidos com Deus... Abrindo mão de algumas coisas, incentivando o melhor do caráter do outro, amando sobretudo quando os motivos de amar estão por um “fio”, mostrando que alguns problemas não são seres de 30 cabeças com bolinhas roxas e cabelos emaranhados e afogueados, mas apenas pequenos dilemas que com o amigo é possível ultrapassar e vencer. Ou pelo menos, algum consolo encontramos em redor do amigo. Ter amigos é como possuir um castelo para se refugiar, um cantinho de brisa no deserto, ou sendo futuristas, uma bolha de oxigênio em Marte.
(Nathy) Falando sobre amigos nos revelarem mais de Deus e serem um porto seguro, não posso me esquecer dos amigos de Jesus, aqueles que eram mais próximos e andaram com ele durante todo seu ministerio. Eles estiveram juntos em todas as situações e depois de três anos encontramos um outro caráter em todos eles (ou quase todos): vemos um Pedro mais corajoso e um João muito mais amoroso; por fim quando vemos Jesus se despedindo vemos homens tristes com a ida não apenas do seu Senhor mas de um amigo. Isso tudo me faz pensar que amigos devem ser escolhidos sempre a dedo, afim de que como Jesus influenciou bem seus discípulos, possamos também influenciar e ser bem influenciados pelas pessoas certas.
(Anaí) Certa vez li que OS AMIGOS SAO A FAMILIA QUE A GENTE ESCOLHE e reproduzi essa frase pra algumas pessoinhas especiais pra mim, mas acrescentei: "Por isso escolham direito!" A melhor maneira de escolher amigos não é pela aparência, condição social, idade ou qualquer outra convenção imposta pela sociedade. A melhor maneira de escolher amigos é deixar Deus colocá-los em nosso caminho p em q algum momento eles trombem com a gente. Foi o q Jesus fez! Escolheu amigos e os amou. E Deus cuidou do resto! E também, foi assim nós trombamos por aí, pela Vida e hoje nossos caminhos se tornaram um só.
The End, ou melhor, não é o fim já que temos uma eternidade inteira pela frente.
Boa Semana,
Anaí, Nathy, Panda

terça-feira, 22 de junho de 2010

Quando pesa o fardo


Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos são os sábios de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração
Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
O Vencedor - Los Hermanos (Composição: Marcelo Camelo)

Quando pesa o fardo...
As pessoas começam a caminhar sem rumo, sem direção, sem gosto pela vida, como autóctones.
“Olha lá, quem vem do lado oposto... vem sem gosto de viver”

Então colocamos fardos sobre nós, acreditamos que nossa vã maneira de viver nos faz mais santos, mais nobres, mais espirituais, não é um texto contrario ao estudo ou à Teologia, é um texto à favor do conhecimento simples, da humildade, da verdade, de ter mais Jesus e menos religiosidade, menos aparência, menos orgulho, menos hipocrisia, menos de si, menos daquelas máscaras que usamos pra aparentar força e espiritualidade. Sejamos originais, como fomos feitos pelo Criador para criar. Sejamos nós. Sejamos como Jesus!
[Adquirir conhecimento não é sofrer, só se sofre e só existe dor quando não sabemos lidar com esse conhecimento e nos tornamos moralistas, precisamos aprender a espalhar este mesmo conhecimento e mudar a realidade em redor “mto conhecimento mto enfado e correr atrás do vento”]
Perdemos a pureza. Perdemos a graça de sermos crianças... queremos ser grandes, ser fortes, ser poderosos...
“Olha lá, que os bravos são escravos, são os sábios do sofrer; Olha lá, quem acha que perder é ser menor na vida; Olha lá , quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar”

A verdadeira graça está em se abandonar na verdade. Em se entregar pela Cruz e encontrar a verdadeira Vida. “Quem perde a sua vida acha-la-á”. Pois esta é a ‘pérola de grande valor’.
“Eu que já não quero ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor”

Somos acostumados com máscaras. Não gostamos de confessar pecados, não entendemos a riqueza que existe em abandonarmos os pecados. Em abandonarmos as nossas máscaras e nos aceitarmos como Deus nos criou. Aceitarmos que pecamos. Aceitarmos que o outro também peca. Sem culpa, sem fardo. SOMOS ASSIM. Não precisamos considerar o contrário. NATURALMENTE. Nos escondemos na defensiva, mentimos, ocultamos o nosso caráter. Temos medo do que somos.
Usamos máscaras na vã expectativa de alançarmos paz, segurança, e alegria. FALSAS, é preciso considerar.
“Olha você diz que não vive a esconder o coração. Não faz isso amigo, já se sabe que você só procura abrigo, mas não deixa ninguém ver, por quê será?”
“Eu que já não sou assim muito de ganhar, junto às mãos ao meu redor, faço o melhor que sou capaz, só pra viver em paz”
“Confessai as vossas culpas uns aos outros para que sejam curados.”
“Limpai as mãos pecadores, e vós, que sois de ânimo dobre, rasgai o coração. Afligí-vos, lamentai e chorai, converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza”

O lugar de encontro com Deus é no verdadeiro fardo que precisamos considerar carregar: A nossa identidade à partir da perspetiva de Deus, à partir da Cruz.
“vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei”

Amanda Perbeline dos Santos
Maringá, PR
22/06/2010

A verdadeira religião


Eu me sentei pra jantar e mais uma vez veio meu pai com aquela conversa de “vamos ouvir uma pregação em família’’ e mais uma vez eu pensei “lá vamos nós pra mais um mantra gospel” (só pra deixar claro amo meu pai e o respeito, mas temos diversas opiniões diferentes..rsrsr), mas tudo bem o máximo que ia acontecer era agente terminar discutindo..kkkkk.
Lá fomos nós e pra minha surpresa alguém parece ter lido a bíblia antes de fazer a pregação, mas enfim... o pastor começou a falar sobre a verdadeira religião e entre as coisas que mais me chamaram a atenção passo a discorrer nas linhas a baixo.
Quão grande, glorioso e esperado dia nos anuncia Mt 25:31 “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória;” Até aqui prendemos o fôlego e pensamos :”esse dia logo chegará e eu estarei diante do meu senhor, aleluia!!!”.
Mas parece que as igrejas hoje se esqueceram de continuar lendo a passagem (tsc tsc), ele virá mas nos separará, de um lado as ovelhas e dos outros os bodes, e o que diferenciará um do outros? Bem definitivamente não serão quantas línguas estranhas falamos, nem quantas curas fizemos e muitos menos quantos membros tiveram nossas igrejas. Curiosamente o Grande Deus mais uma vez escolhe se identificar com sua pequenina e frágil criação, começa a apontar coisas como suprir a fome dos famintos, a sede dos sedentos, dar morada ao forasteiro, vestir ao nu, visitar os enfermos e os presos; e conclui, quando nos fizermos isso a um de seus pequeninos fizemos a ele, quando deixamos de fazer a um deles deixamos de fazer ao próprio Senhor.O mais assustador é que só entrarão no reino as ovelhas, aqueles que fizeram, não aqueles que multiplicaram suas células 10 vezes, ou que foram exímios pregadores de multidões.
Nós cristãos nos achamos nos direito de julgar católicos, espíritas, toda e qualquer outra religião pelas suas falhas, criticamos suas obras e dizemos que são mortas e que são um bando de religiosos, não discordo das criticas (pelo menos não todas); mas todas as vezes que as ouço me lembro de Tg1:27 “ A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é está: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar incontaminado do mundo”, também Tg 2:18 “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem obras, e eu , com as obras te mostrarei a minha fé”.
Nós cristão protestantes temos sido absolutamente eficientes em mostrar as bênçãos que Deus nos dá, nossos carros, casas, empregos, curas... mas somos absolutamente ineficientes em estender a mão aos pequeninos, principalmente se não forem cristãos.
Trabalho num projeto que dá assistência crianças carentes e por mais incrível que possa parecer sofremos de falta de apoio de uma igreja pra acolher as crianças em seus trabalhos, por quê? Porque crianças não dão lucro, e aquelas com as quais trabalham parecem estar fadadas ao determinismo de um futuro desastroso. E quando se trata de doações às vezes fica difícil porque quando não estão ocupados com a suposta falta de recursos, criam uma burocracia enorme; tristemente nós já entendemos que é mais fácil conseguir doações de não cristãos dos que dos cristãos.
Alguns usam a desculpa: “a hoje o mundo é muito perigoso, num posso trazer um mendigo pra minha casa, olha quanta crianças tem sido estuprada”, eu até concordo, mas também essas pessoas são incapazes de fazer uma visita um hospital, ou se tornar voluntário de qualquer projeto.
Sabe igreja, não sou perfeita, na verdade se hoje fosse esse grande e glorioso dia certamente eu estaria do lado dos bodes (falo isso com tristeza), e você de que lado estaria?Já pensou quantas vezes Jesus tem batido em nossas portas e temos o despedido sem suprir suas necessidade? Aquelas crianças com as quais trabalho, ou as pessoas que tem batido nas suas portas não são Jesus, mas ao mesmo tempo são.
Ainda dá tempo de acordar pra viver a verdadeira religião e naquele dia podermos então escutar: “Então, dirá o Rei aqueles que estiverem a sua direita: Vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.


“Eu vejo um povo tão distante
Tão sozinho buscando salvação
Eu vejo órfãos e viúvas
Filhos pródigos tão longe do pai
Consolar os que choram
Libertar os cativos
Preparar o caminho
Anunciar tua salvação”’
( fernandinho- Pai de multidões)


Por Nathália Mendonça
22.06.2010 Goiânia-GO

domingo, 30 de maio de 2010

Amor é morte, amar é morrer!


Falo isso com base na palavra do Grande Criador. Em João 3.16 Jesus diz que “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito.” Deus deu seu filho único para que fosse morto porque amou o mundo, ou seja, porque nos amou. Jesus é Deus, então essa passagem quer dizer que Deus morreu por amor. Num outro momento, Jesus falou que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15.13). O ponto alto do amor é dar a vida, em outras palavras, a morte.

O problema é que o conceito sobre o amor anda tão distorcido que ninguém parece estar disposto a morrer por causa dele. Amor não é sexo, não é paixão e nem borboletas no estômago! O amor é aquele sentimento sem explicação que nos faz querer abrir mão de tudo. Nem vou tentar explicar mais do que isso... Só quem vive o amor é que sabe do que eu estou falando. Só fui capaz de ter uma noção sobre isso a partir do momento que me abri pro amor de Deus. É “sem noção” esse amor!

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Co 13.4-7).

O amor de Deus trás consigo todas essas coisas que Paulo cita em 1 Co 13. E é assim que tem que ser o nosso amor. Mas não podemos ignorar o fato de que para amar precisamos morrer. Morrer pro nosso egoísmo, orgulho e senso de justiça própria. Tarefa difícil essa! Morrer! Morrer para amar melhor...

Que fique bem claro aqui, que as minhas divagações não são nenhum tipo de incentivo ao suicídio! A não ser o suicídio das práticas avessas ao amor. Que todas elas morram junto com o meu “eu”! E que a esperança de um “amar melhor” preencha os espaços vazios que ficarão em mim sem o meu “eu”.

Anaí França
S. M. Arcanjo - SP