sábado, 7 de agosto de 2010

Goethe, nosso amigo Werther e Eu....



Bom esse dias me dei ao projeto de fazer às vezes de Sherlock Holmes: resolvi ler os Sofrimentos do Jovem Werther de Goethe, pura e simplesmente pela curiosidade - de descobrir porque o livro lançado na Alemanha, no período do romantismo, - teria causado uma onda onde de suicídio entre seus leitores a ponto de fazer-se necessário nas edições posteriores acrescentar-se a nota “Seja homem e não me siga”.
Não pretendo aqui fazer uma analise literária, histórica ou mesmo crítica da obra, guardo essa tarefa para homens mais sábios e preparados que eu.No entanto sinto-me no meu direito de pessoa, livre para expressar suas idéias, depositar aqui meus devaneios.
Alguém ai já se suicidou por não poder ficar com a pessoa amada? (Não né, afinal se ta ai lendo esse post...hehe). Bom afinal até que ponto o amor justifica nossas ações? Será que o amor justifica o suicídio do nosso jovem amigo Werther e de tantos outros pelo mundo através dos séculos? (Quem nunca ouviu que o amigo do fulano pulou da janela por que terminou o namoro?..bom isso acontece no meu mundo), ta, eu posso estar exagerando, tirar sua vida sob a justificativa de não ter a pessoa amada é muito irreal e muito pesado. Tudo bem, então sejamos mais realistas: quem nunca viu uma noticia no jornal assim: ex marido seqüestra mulher porque não se conformava com a separação; ou ex namorado da 6 tiros na cabeça da namorada porque não aceitava o fim do namoro (gente isso ta dando maior bafafá com a Lei Maria da Penha...mas esse papo ta meio psicótico né?!!) Então mudando.... quem nunca ficou dias chorando a perda da pessoa amada , entrou um milhão de vezes no orkut pra ver se ele tava com outra pessoa, ou que surtou quando o namoro ou o casamento acabou?
Pois é as pessoas dizem que todas essas ações, boas ou não, são justificadas por um sentimento sublime, mas ao mesmo tempo corrosivo chamado AMOR. Será mesmo que tudo isso é amor? Eu não sou nenhuma expert no assunto, então resolvi recorrer ao manual do Grande Criador: a Bíblia. (Vamo lá povo, antes que façamos nossa próxima loucura de amor, analisar essa coisa que em todo caso parece ser uma droga que causa alucinações e nos faz ver o mundo mais colorido...)
Diz, em 1 CO !3:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Olha só, nao sou Teóloga tambem, então, prendam-se aos devaneios. O amor é sofredor, nesse ponto todos concordamos, afinal, quem nunca sofreu por amor? Que diga o nosso amigo Werther ao olhar sua bela Lotte com Albert seu noivo; O amor é benigno,acho que ser benigno é não desconfiar, é não pensar mal, por exemplo, se dizem a você que seu parceiro o está traindo, a atitude benigna é ja nao sair brigando e procurando evidencias mas sentar-se e conversar com a pessoa sem desconfiar preciptadamente. Creio que benignidade é tratar com amor( o que exclui matar por amor), mesmo que tratar com benignidade seja aceitar ver essa pessoa feliz com outra; Diz, também, que o amor não é invejoso, acho que isso talvez inclua seu aborreciemento ao ver a outra pessoa se dar melhor profissionalmente que você, ou ve-la realizar seus sonhos enquanto os seus não saem do papel; O amor nao trata com leviandade, isso é quem ama trata com respeito, se preocupa; O amor não se ensoberbece, acho que uma das grandes causas de pessoas matarem outras sob a justificativa de amor é porque são soberbas e incapazes de suportar seu ego ferido;os versiculos continuam a detalhar as carcteristicas do amor e, por fim, diz que o amor tudo cre, tudo espera, tudo suporta...isso me faz pensar que o verdadeiro amor supera a traiçao, supera traumas, supera diferenças, é capaz de esperar o tempo passar, é capaz de sempre crer que haverá um amanhã, e porque não dizer que é capaz de suportar a idéia de que não haverá amanhã e que por amor é necessario continuar a tocar a propria vida sendo feliz e desejando que aquela pessoa seja tao feliz quanto você desejaria faze-lá feliz.
Bom, respondendo aos meus questionamentos iniciais, suponho que a época e os argumentos de Goethe tenham provocado os suicidios, quanto ao amor creio naquilo que a biblia diz, o que passa disso eu chamo de doença, talvez um problema não com outro mas consigo mesmo: a incapacidade de se aceitar e por isso depender de outros pra se sentir bem e amado...mas isso são só idéias.

No amor daquele que nos deu uma nova e única identidade:AMADOS.

Nathália Mendonça
Goiânia-Go 07.08.10